Non seria eu un galego
a escarnecer despois de morto o colega Manuel Ceferino. Moito tínhamos em comum
cando ele era vivo, moito mais em comúm teremos cando eu esteja morto.
Ambos nos esforzamos póla
conquista da nosa autonomia. Eu tivem mais suceso, pois levo no barco 73 anos,
menos um chisquiño; o Ceferino abandonou a chalana antes de realizar a sexagésima
sesta volta ao redor do lume que alumia a nosa abóboda. Um fixo ciências econômicas
na compostela universidade, o outro currou as mesmas faculdades na San Andres,
escola vinculada a USP, e na San Caetano, na área de pos graduación administrativa.
Na miña memória guardo aquele dia em que fui convidado a abandonar a
empresa de origem sueca e, na rua, os sindicalistas exortavam a invadir uma
outra fábrica que non tiña aderido à folga. Eu estava ao lado do presidente do mais grande sindicato ao sul do equador. Para minha sorte eu percebín a chegada de um
emisario que susurraba no ouvido do presidente palabras de preocupación. O
portón de ferro da industria sitiada cedeu baixo a forza do músaculo obrero. Eu
pude observar como os obreiros no interior da nave industrial corriam
apavorados para buscar refugio. Tamén observei como o diretor e mais dous ou três
assistentes recuabam, entraban no interior de um jeep e picabam mula, desaparecendo
do lugar.
Desconfiado, eu non
entrei na fabrica e me afastei da escaramuza caminhando para os altos de uma ponte,
por riba do caminho do trem. Em pouco tempo apareceu a cavalaria e, com as
ferraduras das patas e o porrete nas mans, a folga foi rapidamente disolvida,
com o saldo de um morto e moitos feridos. Como curiosidade a añadir a este
conto, um joven, cinco anos mais joven ca eu, e que cursou o SENAI do Bras coma
eu, sem entender o que se pasaba, buscou refugio na mesma ponte.
Esse mesmo joven, catorce anos depois firmaria o documento que
me habilitava formar parte de um outro grande sindicato. Ele era presidente, eu
era economista com futuro promissor na mayor empresa do ramo automobilístico. A partir de esta filiação sindical o joven foi
subindo, subindo ata cair na carcel da ditadura militar, donde ficou cautivo
por um mês. Libre dos ferrollos, o emigrante vindo de Garañuns subiria ao pódio
na gobernanza de um pais moi grande e moi
rico do mundo. Por meu lado, eu fui caindo e caindo e, mesmo sendo convidado
numerado a uma palestra com a presença do Presidente da República e tamén a um encontro
co Rey do Reino da España na Casa de Cervantes, na miña queda o meu corpo
jamais deixou de rolar, e continua rolando ata hoje. Cousas do destino, grazas
a Deus.
Non son os estatutos
nen a constitución o que faz acontecer. Pode ajudar, se utilizado para o bem.
Tamén pode ferrar. Com clavos muito largos o casco fura, a ferida se infeta e o
corpo padece. Como já vam anos abondo, dicilo cabe agora: uma carrada de diplomas
pode ser peor do que uma carrada de esterco. O esterco aduba a terra; os diplomas,
se bem é verdade que fertilizan a alma, cuando o corpo fallece, non resisten a
investida do estrume na modalidade de gusano.
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