HOMBRE DE MORAL

Eu o vi chorar em toda a miña vida três veces, meu conde. Cando da primeira, uma fria noite desos obscuros dias do inverno antigo, miña nai teimaba em erradicar a intención do meu pai marchar a America e de lá remeter o sustento dos catro filhos: uma nena, dous rapazes e um rebento a camiño da nación poderosa que jamás dejó de vencer.

Da segunda, meu conde, eu espreitava meu pai atrás de um arbol de madeira dura, daqueles enfileirados no corredor da antesala ao átrio do colégio Fernando Blanco. Meu pai chorava como um neno, feliz de ter contribuído com seu empeño e teimosia à recuperación do colégio com cartos da diputación, em substitución da renda que já não viña de Cuba ou que os albaceas e o cura de Toba papabamna antes de chegar às mans dos profesores, alguns em total debandada por absoluta incompatibilidade da arte de ensinar e a tristura de uma barriga faminta.

Na terceira, meu conde, eu já era um homem vello, com direito ao descanso, retornado da América rica, pero pobre de cartos. Meu pai estava doente, derrubara-o a insolência psicosomática do pitillo de hebra. Com metade do corpo paralizado e o pulmón tosindo a todo momento para expulsar a pleura, meu pai ansiava desfrutar a vida. Casi cego, recoñecia pólas sombras, pólo cheiro, pólas curvas da carretera o lugar exacto  onde se encontrava. Na ponta do cabo Fisterra me alarmara diante da vinda de um furioso temporal em momento que todo estava calmo e eu me extasiava com a beleza do lugar. Meu pai non chorava, non, pero ficava triste ao sentir que dos meus ollos brotavam lágrimas, inda que eu, dandolle as costas, as secava para que non as visse. Meu pai chorou no momento da miña última despedida. Eu non lle dixen que marchava. Meus ollos castaños, avermellados póla tensión do momento da separación para nunca mais em vida nos ver, denunciavam meu propósito de partir na condición de retornado de um retorno inglório. Os ollos azuis do meu pai, absortos no espacio que non veia, exigian a miña aproximación para que os seus brazos poideran me dar o último aperto, um aperto regado com lágrimas salgadas, sentidas por meus lábios cando lle din o meu último bico.

Meu pai chorou três veces e três veces eu vi chorar meu pai.