A falácia do absurdo é não crer no que pensamos ao
falar. O absurdo tem muitos aliados, a falácia também os tem e são poderosos
pela incongruência dos seus disparatados propósitos; alguns malucos, outros de
insensatez paradoxal pela sua abordagem da obscuridade com um palito de fósforo
de efêmera duração. Não necessariamente o falaz busca fazer mal por médio do
engano ou da mentira, porem na maioria das ocasiões falazamos em proveito
próprio, ou para a boa digestão das corporações ou para os polpudos interesses
da divindade financeira. Também os há que falazam por puro entretenimento nos
derradeiros dias de esta corta vida.
Preço e valor são conceitos diferentes para mostrar
que o primeiro nada vale e o segundo oferece resultados para a organização.
Com chumbo bem calibrado, o caça talentos sai a
campo em busca da perdiz escondida do mundo corporativo, não sem antes informar
ao poderoso empresário que as perdizes que pululam no seu galinheiro devem ser
trocadas. È assim que aparece a troca milagrosa de aquele que por muitos anos
contribuiu na fé do preço bom por aquele que desperta a fé gananciosa de
concentrar melhores resultados.
Contrariamente, o caça talento manifesta que,
aquele portador do amplo cabedal de conhecimento adquirido na evolução da
empresa, ganha bem se produz bem, equiparando-o ao preço do treinador que ganha
todas as partidas e perde valor quando não ganha diante de um adversário
igualmente competente. A mim parece semelhar uma situação de conflito entre
preço e valor, pois, na vida real, em pro da economia de não se sabe o que,
porem bem avaliado por um monte de papeis que perdem valor antes de ser
merecidos, preço e valor caminham juntos em direção e sentido do nada.
Nunca os empregados estiveram tão bem qualificados
como o estão agora, aqui e no mundo inteiro. O consumo foi priorizado para
estabelecer as bases do bem estar social. Eliminamos o trabalho escravo
substituindo atividades penosas pela escrava máquina, eficiente e mais eficaz
que a melhor perdiz caçada. E que acontece com as perdizes? Todas estão
enroladas na crise de emprego com expectativas negativas no âmbito mundial, o
que estimula o analfabetismo profissional. Pois é licito pensar na ignorância
quando se toma noticia de o que não produz interesses para nada serve.
Há vagas na tecnologia da informação e não há
candidatos pelo baixo preço que se oferece a tão alto valor. É uma pena, pois
com apropriados chips andaríamos com todos os sentidos bem alimentados, bons
para lubrificar o ego de uma vida duradoura e independente da seguridade social.
O dilema diante do pagamento de salários ou
pagamento de impostos leva os empresários à loucura. Mesmo com os altos
resultados da agroindústria, à incalculável fortuna do pré-sal, à energia
barata que cai do céu em forma de água e calor, vamos acreditando que é mais
barato produzir na China do que produzir resultados na terra da Santa Cruz de
Cabrália.
Todo contribui para tão desastrada falácia. É o
argumento destinado a persuasão das consciências solitárias, enojadas pelos
desfavores da vida coletiva. Com retumbantes repiques e uma gota de cuspe na
mão, somos orientados para a escolha de profissões com perspectivas de futuro,
obviando as necessidades presentes com as expectativas da esperança media de
vida, da que as provas sagradas mostram que está em profunda decadência (não
esqueçamos- Gênesis 21- que Sara gerou Isaac quando tinha noventa anos e Abrão
completara os cem. Noé, numa época tão corrupta e insegura como a de hoje,
viveu novecentos e cinquenta anos e ainda continua na nossa memória).
Os empresários são sensíveis às variações de mercado, porem clamam aos céus
ajuda quando creem que as leis do livre mercado não os ajuda. Os
microempresários são ajudados pelo CEBRAE, que vive a custa dos impostos altos
que paga o empresário.
Até a afirmação de que o desemprego é causa de
doenças que oneram os gastos da sanidade pública é verdade apenas por suas
consequências aviltadas pela ausência de solidariedade social.
A crise pessoal, de quem abandona o campo e perde o
emprego, como pode ser resolvida? O que fazer com toda essa enorme massa depois
de temperada ao sabor das escolas, graduação universitária e com máster de muitas especialidades?
A crise de água é postergação da crise que haverá
de vir, conforme os entendidos explicam.
Como recomendar uma boa gestão financeira a quem
falta pão para comer e vive cobrado pelos juros espúrios das entidades
financeiras?
Nos todos temos o nosso ponto fraco. Os
desempregados e aposentados sofremos a signa adicional da propaganda falaciosa,
que afirma que se fossem empregados e aposentados proativos continuaríamos
empunhando o timão da empreitada que nos ampara.
Entrevista maravilhosa, essa de Rafael, José Paulo
e Salomão (ancoras do Jornal Gente) com Adriana Gomes. As pessoas ouvintes
receberão um alento seletivo para aderência a seus talentos na esperança de
conseguir trabalho nas corporações, que tanto se esmeram em maximizar lucros
por conta de reduzidos preços de mãos e miolos-pau para toda obra.
Um engenheiro estatutário com 86 anos lhes oferece
café. Se continuarem os sintomas, o medico deverá ser chamado, pois se a
seleção demora quatro meses e a colocação tarda um ano, pouca esperança de vida
cabe ao idoso da formula 85-95 para aquisição do direito a aposentadoria
integral, que, pela correção anual, foi impedida, por obra e graça de um ex-operário
e a sua ilustre sucessora, a se comparar com a evolução do salário mínimo.
Em estes momentos da difícil economia, toque a vida
com mais tranquilidade. Se algo falhar, a vida correrá com você.
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