domingo, 25 de octubre de 2015

A FALACIA DO ABSURDO

A falácia do absurdo é não crer no que pensamos ao falar. O absurdo tem muitos aliados, a falácia também os tem e são poderosos pela incongruência dos seus disparatados propósitos; alguns malucos, outros de insensatez paradoxal pela sua abordagem da obscuridade com um palito de fósforo de efêmera duração. Não necessariamente o falaz busca fazer mal por médio do engano ou da mentira, porem na maioria das ocasiões falazamos em proveito próprio, ou para a boa digestão das corporações ou para os polpudos interesses da divindade financeira. Também os há que falazam por puro entretenimento nos derradeiros dias de esta corta vida.

Preço e valor são conceitos diferentes para mostrar que o primeiro nada vale e o segundo oferece resultados para a organização.

Com chumbo bem calibrado, o caça talentos sai a campo em busca da perdiz escondida do mundo corporativo, não sem antes informar ao poderoso empresário que as perdizes que pululam no seu galinheiro devem ser trocadas. È assim que aparece a troca milagrosa de aquele que por muitos anos contribuiu na fé do preço bom por aquele que desperta a fé gananciosa de concentrar melhores resultados.

Contrariamente, o caça talento manifesta que, aquele portador do amplo cabedal de conhecimento adquirido na evolução da empresa, ganha bem se produz bem, equiparando-o ao preço do treinador que ganha todas as partidas e perde valor quando não ganha diante de um adversário igualmente competente. A mim parece semelhar uma situação de conflito entre preço e valor, pois, na vida real, em pro da economia de não se sabe o que, porem bem avaliado por um monte de papeis que perdem valor antes de ser merecidos, preço e valor caminham juntos em direção e sentido do nada.

Nunca os empregados estiveram tão bem qualificados como o estão agora, aqui e no mundo inteiro. O consumo foi priorizado para estabelecer as bases do bem estar social. Eliminamos o trabalho escravo substituindo atividades penosas pela escrava máquina, eficiente e mais eficaz que a melhor perdiz caçada. E que acontece com as perdizes? Todas estão enroladas na crise de emprego com expectativas negativas no âmbito mundial, o que estimula o analfabetismo profissional. Pois é licito pensar na ignorância quando se toma noticia de o que não produz interesses para nada serve.

Há vagas na tecnologia da informação e não há candidatos pelo baixo preço que se oferece a tão alto valor. É uma pena, pois com apropriados chips andaríamos com todos os sentidos bem alimentados, bons para lubrificar o ego de uma vida duradoura e independente da seguridade social.

O dilema diante do pagamento de salários ou pagamento de impostos leva os empresários à loucura. Mesmo com os altos resultados da agroindústria, à incalculável fortuna do pré-sal, à energia barata que cai do céu em forma de água e calor, vamos acreditando que é mais barato produzir na China do que produzir resultados na terra da Santa Cruz de Cabrália.

Todo contribui para tão desastrada falácia. É o argumento destinado a persuasão das consciências solitárias, enojadas pelos desfavores da vida coletiva. Com retumbantes repiques e uma gota de cuspe na mão, somos orientados para a escolha de profissões com perspectivas de futuro, obviando as necessidades presentes com as expectativas da esperança media de vida, da que as provas sagradas mostram que está em profunda decadência (não esqueçamos- Gênesis 21- que Sara gerou Isaac quando tinha noventa anos e Abrão completara os cem. Noé, numa época tão corrupta e insegura como a de hoje, viveu novecentos e cinquenta anos e ainda continua na nossa memória).

Os empresários são sensíveis às  variações de mercado, porem clamam aos céus ajuda quando creem que as leis do livre mercado não os ajuda. Os microempresários são ajudados pelo CEBRAE, que vive a custa dos impostos altos que paga o empresário.

Até a afirmação de que o desemprego é causa de doenças que oneram os gastos da sanidade pública é verdade apenas por suas consequências aviltadas pela ausência de solidariedade social.

A crise pessoal, de quem abandona o campo e perde o emprego, como pode ser resolvida? O que fazer com toda essa enorme massa depois de temperada ao sabor das escolas, graduação universitária e com máster de muitas especialidades?

A crise de água é postergação da crise que haverá de vir, conforme os entendidos explicam.

Como recomendar uma boa gestão financeira a quem falta pão para comer e vive cobrado pelos juros espúrios das entidades financeiras?

Nos todos temos o nosso ponto fraco. Os desempregados e aposentados sofremos a signa adicional da propaganda falaciosa, que afirma que se fossem empregados e aposentados proativos continuaríamos empunhando o timão da empreitada que nos ampara.

Entrevista maravilhosa, essa de Rafael, José Paulo e Salomão (ancoras do Jornal Gente) com Adriana Gomes. As pessoas ouvintes receberão um alento seletivo para aderência a seus talentos na esperança de conseguir trabalho nas corporações, que tanto se esmeram em maximizar lucros por conta de reduzidos preços de mãos e miolos-pau para toda obra.

Um engenheiro estatutário com 86 anos lhes oferece café. Se continuarem os sintomas, o medico deverá ser chamado, pois se a seleção demora quatro meses e a colocação tarda um ano, pouca esperança de vida cabe ao idoso da formula 85-95 para aquisição do direito a aposentadoria integral, que, pela correção anual, foi impedida, por obra e graça de um ex-operário e a sua ilustre sucessora, a se comparar com a evolução do salário mínimo.

Em estes momentos da difícil economia, toque a vida com mais tranquilidade. Se algo falhar, a vida correrá com você.

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